Primeira parada do dia: Controladoria Geral da União. Carlos Honório Alencar introduziu o debate sobre a corrupção e sua evolução. Não nos enganemos com o senso comum e inocência dos discursos de que o Brasil está no auge de sua corrupção, isso não é verdade. O que acontece é que hoje, como nunca antes, há fiscalização. É da competência da CGU a fiscalização sobre irregularidades e transgressões com os gastos públicos. Há um caso curioso de um beneficiário do Bolsa Família que tinha em seu nome 2 carros, a CGU foi atrás para esclarecer o caso e acabou descobrindo que o rapaz na verdade não era desmerecedor do Bolsa Família e sim um laranja. Outro avanço nacional é na capacidade de comunicação com a sociedade, fundamentada no Marco Regulatório (Lei Nº 13.019) que é a parceria entre Administração Pública e sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse público em regime de mútua cooperação. A transparência também tem seu destaque, dado o avanço que alcançamos no quesito da prestação de contas do dinheiro público à população. O objetivo da CGU é aumentar a efetividade e diminuir a corrupção. Henrique Rocha introduziu o tema "Observatório da Despesa Pública", onde expôs a preocupação da CGU em defender o patrimônio público e de uma gestão transparente. Nos apresentou a ferramenta essencial que é o cruzamento de dados, produzindo informações estratégicas e monitorando os gastos públicos. Já a fala de Ronald da Silva Balde pairou na questão do controle interno e papel de aperfeiçoar os programas governamentais que a CGU carrega. Um debate sobre maneiras de diminuir a corrupção nos foi apresentado, que leva em conta a punição e demissão de um lado e de outro a prevenção, que tem como base a orientação. Por fim, o acesso à informação toma conta do auditório. Nos foi apresentado arquivos públicos, os impactos dos casos e gráficos de pedidos de arquivos (um caso particularmente foi meu preferido, havia cerca de 14 pedidos para o Governo dar esclarecimento sobre extraterrestres, como não pensei nisso antes?!).
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Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida |
Também obra de Oscar Niemeyer, a Catedral foi nosso passeio cultural do dia. O acesso se dá por uma rampa decrescente. Uma de suas curiosidades é a acústica, se inclinar os ouvidos na parede, dá para ouvir exatamente o que estão falando no outro lado da catedral. Seu interior é riquíssimo, há uma réplica de Pietá e a cruz da missa de inauguração de Brasília. Na praça de acesso, encontram-se quatro esculturas em bronze com 3 metros de altura, que representam os evangelistas. A cruz também é conhecida popularmente como Cruz Histórica, por ter sido plantada por ocasião da Primeira Missa oficialmente programada para a inauguração da nova capital brasileira, no dia 3 de Maio de 1957.
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Cruz da primeira missa de Brasília |
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Cúpula da Catedral |
O batistério teve em suas paredes o painel em lajotas cerâmicas pintadas em 1977 por Athos Bulcão. O campanário composto por quatro grandes sinos, doado pela Espanha, completa o conjunto arquitetônico. Cada peça do vitral insere-se em triângulos com dez metros de base e trinta metros de altura que foram projetados por Marianne Peretti em 1990. O altar foi doado pelo papa Paulo VI e a imagem da padroeira Nossa Senhora Aparecida é uma réplica da original que se encontra em Aparecida – São Paulo. A via sacra é uma obra de Di Cavalcanti. Na entrada da catedral, encontra-se um pilar com passagens da vida de Maria pintados por Athos Bulcão.
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Professor José Geraldo de Sousa Jr |
Seguimos caminho para Universidade de Brasília - UNB. Lá fomos contemplados por uma grande aula do professor e ex-reitor da UNB, José Geraldo de Sousa Jr. Ele falou sobre a criminalização dos movimentos sociais, contextualizando e trazendo fatos históricos de nossa sociedade a fim de explicá-la como ela é hoje.
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